A Hipnose Clínica é um procedimento durante o qual um profissional de saúde (por exemplo um psicólogo) sugere a um paciente alterações nas suas sensações, percepções, pensamentos ou comportamentos. Habitualmente as pessoas respondem a este procedimento de formas diferentes. Algumas descrevem a sua experiência como um transe. Outras descrevem a hipnose como um estado de atenção focalizada durante o qual se sentem calmas e relaxadas. A hipnose é uma forma de oferecer ideias e fazer com que elas ganhem vida.
Algumas pessoas podem ser consideradas mais susceptíveis às sugestões hipnóticas do que outras. A possibilidade de experimentar sugestões hipnóticas pode ser inibida por medos e preocupações decorrentes de mitos muito difundidos na cultura popular. Inversamente, a hipnose não priva o indivíduo do controlo do seu comportamento. As pessoas permanecem conscientes sobre quem são e onde estão.
A hipnose clínica não é um tipo de terapia, como a psicanálise ou a terapia comportamental, é uma técnica que pode ser usada combinada com o tratamento médico ou psicológico para facilitar e catalisar a terapia. Dado que não é um tratamento em si mesmo, o treino em hipnose não é suficiente para conduzir uma terapia. A hipnose clínica deve ser, por isso, usada somente por profissionais da saúde devidamente qualificados.
A hipnose clínica pode ser usada no tratamento de uma variedade de problemas psicológicos e médicos, como a ansiedade generalizada, fobias, perturbação de pânico, depressão, sindrome do colon irritável, dor e alguns problemas dermatológicos. Contudo não é uma panaceia para todas as situações e para todas as pessoas. A decisão de usar a hipnose como um coadjuvante do tratamento psicológico ou médico deve ser tomada com o aconselhamento de um profissional qualificado que tenha sido treinado na utilização e limites da hipnose clínica.
Conheça o livro:
“A hipnose clínica é uma técnica terapêutica segura e eficaz. É mais eficaz do que qualquer outra técnica psicológica no controlo da dor (Patterson & Jensen, 2003), e quando usada como coadjuvante das intervenções psicoterapeuticas aumenta a eficácia destes tratamentos (Kirsch, Montgomery, & Sapirstein, 1995). Contudo esta técnica não é largamente usada pelos profissionais. A que se deve este paradoxo? A resposta encontra-se na história e na cultura popular que originaram um preconceito em relação à hipnose onde esta tem sido vista no contexto da magia e da superstição”
Irving Kirsch, Phd
Director associado do Programa de Estudos sobre o Placebo do Beth Deaconess Israel Medical Center da Harvard Medical School.
Ex- Presidente da Divisão 30 (Society of Psychological Hypnosis) da American Psychological Association (1993-94)
Leia aqui uma entrevista ao Professor Irving Kirsch
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